terça-feira, 7 de setembro de 2010

Rosa pura

Agora eu vejo as folhas que caem da arvore,

o verão passou tão depressa.

Os batimentos de um coração em mármore

quase me fizeram esquecer daquela promessa

de te escrever...

Rosa minha não te deixarei morrer

rosa minha não morra, fuga, corra!

Quando a vida adulta vier te dominar

corra para baixo da cama, eles não iram te achar.

Logo mais eu irei ao teu encontro, encanto,

chegarei para te molhar com lágrimas de meu pranto.

de alguém cansado, fadigado de tédio

que não se acalma, não imagina remédio.

Rosa minha cor de rosa, te escrevo de um planeta bem distante,

os anos passam como se fosse um só instante.

Agente corre bastante, agente morre bastante.

Quase ninguém te enxerga mais,

qualquer sonho aqui se desfaz.

Eu sei que para te ver devo desabotoar o terno, tirar os sapatos

E então levantar os pés do chão.

E ai flutuar, fugir dessa prisão,

Dessa loucura, amargura humana de matar sua metade

De calar sua vontade de criar, e brincar com a verdade.

Ficai viva em mim rosa pura, salvai-me.

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