domingo, 17 de abril de 2011

Santo nome vão

E se sua mente te mentisse enquanto você mente por ela mantendo a fé, enquanto a culpa de matar a si mesmo te corrompesse.

E se você percebesse, que toda essa vontade de julgar os outros e dizer o que está errado, é um reflexo do vazio imenso em que você está mergulhado, dos pés aos ouvidos.

Tente me ouvir, se o que você quer me enfiar pela boca, à força, faz diferença entre pessoas, este não prega amor.

Se isso que você grita com voz rouca, enquanto seus pensamentos te torturam e sua capacidade de ir além se torna pouca, te cega, não há barro ou cuspe que te cure.

O coxo vendido como sobre-coxa, a concha gritando da praia que não viu ninguém andar sobre o mar, a caixa escondendo a vaia que eu tinha para assoprar.

A vadia velha que veio ser salva, a virgem que veio tentar ser alva.

Desculpe-me se a essência das suas palavras fedem a gozo.

Desculpe-me por não querer sujar minhas mãos para depois lavá-las com sangue inocente e lágrimas das pessoas supostamente... impuras.