quarta-feira, 2 de maio de 2012

E agora?


Certa vez, em auto reflexão, cheguei à triste conclusão de que não havia mais sobre o que escrever, eu já tinha dito tudo, até repetido algumas palavras, estava andando em círculos. E agora? Escrever era minha terapia. Consultei então um amigo poeta, que se posicionou desta forma, sobre a escassez em meu poço: “- Se não sabe sobre o que escrever, escreva sobre isso.” Que brilhante! Afinal, não é isso que um escritor faz? Traduz em palavras suas angustias, e minha angustia era também minha solução, portanto, sempre haveria sobre o que escrever. 

Caixas velhas do sotão


Você disse que não me conhece mais. Engraçado, parecia que você queria que eu explicasse o por que de você ter parado de querer me entender. Todas as coisas que ficaram para traz, será que agora só servem para trazer na memória de uma história que eu tinha obrigação de continuar? de uma carta que ficou na gaveta; de um sorriso que eu não recebi de volta; de uma volta que não tem retorno; das perguntas que ainda continuam sem respostas, e das caixas de coisas velhas guardadas que evitamos mexer para não fazer sujeira...? Quer saber? Talvez elas me deem alergia!