Ele vai assim, todo dia, de condução lotada,
Tem essa cara de vida amarga, amuada
No meio da multidão não quer se enxergar
Sem exagerar, pensa nos poucos tempos que tem antes de chegar
Sem reclamar, ardendo, engole seu próprio veneno
Tropicando, volta para casa cantando no sereno
Deita em qualquer canto, não mais canta, se aconchega.
Chega o dia de novo, nada de novo...
e ele vai assim, todo dia sem condição de nada, de condução lotada...