sábado, 26 de março de 2011

sozinho

O café esfriando na caneca, a chuva molhando a janela e o ponteiro do relógio mostrando que sabe gritar as horas que eu passo aqui, sozinho.

Minha vida é sem muitas surpresas, tão morna quanto meu café, quanto minha falta de fé, que esfria, tão explicável quanto tudo ao meu redor, pois se outrora eu questionava minhas escolhas sábias, agora me contento com o descontentamento, angustia de sempre saber mais.

Seria então a ignorância uma chave para a felicidade?

Ou seriam os sonhos?

Ou seriam as crenças?

Afinal, descubro que não posso saber de tudo, na verdade, não sei de quase nada.

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